As experiências desenvolvidas dentro do Sistema Modular de Ensino no Estado do Amapá são vivencias que demostram que educar não é simplesmente transmitir conhecimento, mais respeito as comunidade locais com suas lendas, mitos, crenças e tradições, onde o professor dentro do processo ensino-aprendizagem passa a ter um olhar diferenciado desses educandos e de sua realidade.
Durante o ano de 2009 fui trabalhar pela primeira vez na Escola Estadual Eugênio Machado, localizada na comunidade da Foz do Macacoari, busquei informações com colegas que já tinham trabalhado na região da foz, os quais informaram que o acesso poderia ser via barco, o qual sai de Macapá do Igarapé das Mulheres ou deveria deslocar-me para a região do Lontra da Pedreira, onde o barco deverá ficar esperando, deste que já tenha sido mantido o contato com o barqueiro.
Como era a primeira resolvir pegar o barco no Igarapé das Mulheres, os barcos que vão para essa localidade são embarcações de pequeno porte, as quais na maioria das vezes apresentam o mínino de segurança, não apresentado coletes salva-vidas, instrumentos de orientação, luzes de orientação noturnas, etc, causando grande insegurança a todos, principalmente a mim que não sei nadar, sabendo que essa região ocorrer muita marisia comprei o meu colete salva-vida.
Ao chegar na localidade depois de enfrentar muita marisia fomos recebidos pela servente Dona Maria José, pois a diretora na encontrava-se na localidade, dona Maria José nos mostrou a escola, os guartos,, dos quais tinha dois que possuiam boa estrutura, mais o outro espaço destinado a alojar os outros professores denominamos de favelinha já que o espaço não era adequado para o fim o qual se destinava, ela também nos alertou para tomarmos muito cuidado com escorpiões, cobras e aranhas, já que a escola fica em uma região cercada de floresta.
No desenvolvimento de minhas atividades na escola enfrentei várias dificuldades. Como é uma comunidade pequena só existia um comércio que vendia alimentos e pequenos produtos, não possuí linha telefonica, caso fosse necessário entrar em contado com a capital, deveriam ir a comunidade mais próxima chamada Igarapé dos Porcos para ligarmos do telefone da casa da Sueli, a qual vinha se nossa aluna, que cobrava de acordo com a duração da chamada. Como não existia material didático suficiente na escola, tais como: cartolinas, pincéis, tintas, tesoura, réguas, cola entre outros, bem como uma biblioteca muito pobre que não foi suficiente para suprir as necessidades de pesquisa dos alunos no Projeto Diversidade Cultural do Povo Brasileiro, o qual contou além da participação alunos do 1º ano do Ensino Médio, pais e moradores das várias comunidades atedidas pela escola.
Fui desenvolvendo as atividaades com o pouco de material disponível até a chegado do final do mês, onde enfrentando novamente as marisias vim receber o meu salário e aproveitei para comprar o restante do material que faltava e verificar outras fontes de pesquisas para os alunos, que conseguiram com bastante dedicação montar um trabalho maravilhoso, demostrando que mesmo com todas as dificuldades que eles enfrentam no dia-a-dia é na escola e através da educação que eles buscam uma nova pespectiva para eles e para suas famílias. Agora vou postar o registro desse projeto feito através de algumas fotos